No atual cenário brasileiro ver iniciativas de políticas públicas e projetos pedagógicos voltados para a Educação Inclusiva dá um sopro de esperança a essa professora que vos escreve. A prefeitura de Iguaba Grande deu início a um projeto, que tem como objetivo difundir a Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas públicas do município.
No nome do projeto “Libras em todo lugar: mãos que comunicam”, temos um gostinho do que é aprender Libras, e é justamente por isso que acho válido ter esse tema como início de nossa conversa através dessa coluna.
Para quem talvez não conheça, ou não entenda, Libras não é um monte de gestos confusos, ou várias imitações que resultaram em uma língua de gestos representando a Língua Portuguesa, e sim uma autêntica língua de nosso país. Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, uma língua de modalidade gestual-visual onde é possível se comunicar através de gestos, expressões faciais e corporais e é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão.
Mas, ora, em que esse projeto mexe com minha vida? Bem, talvez esse em específico, nada. Mas falar sobre a Língua Brasileira de Sinais é muito importante, afinal, ela é a segunda língua oficial do país, reconhecida desde 2002 pela lei Nº 10.436. Além da importância urgente de falarmos sobre a solidão da população com alguma deficiência auditiva no Brasil, que, segundo estatísticas soma cerca de 10 milhões de pessoas, dentre essas 2,7 milhões não escutam absolutamente nada!
Esses dados te assustaram? Pois bem. Além de tudo que já foi dito por aqui também acho importante ressaltar que no âmbito educacional temos uma assustadora estatística dizendo que cerca de 32% da população surda brasileira não tem nenhum grau de instrução, e por último, mas não menos importante segundo a OMS há estudos revelando que até 2050, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez.
Depois de tantos dados acho que é possível entender o quão interessante e importante é a iniciativa tomada pela prefeitura de Iguaba Grande, através da secretaria de Educação, para que seja possível de alguma forma levar uma verdadeira inclusão e uma educação digna à população surda.
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