O projeto Lixo Zero foi implantado em 50 Cieps da rede estadual que estão sendo transformados em E-Tecs (Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades). Todas as unidades adotam o conceito de sustentabilidade, equipadas com painéis solares, horta comunitária, composteira, sistema de reuso de água e coleta seletiva do lixo. Para o presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabattini, a iniciativa é única no Brasil.
– Existem ações isoladas por todo o país, mas nada que se compare ao que a Secretaria de Educação do Estado está fazendo e que, certamente, terá um impacto enorme em todas as escolas brasileiras – reconheceu Sabattini, representante do Brasil no Zero Waste International Alliance.
Na avaliação do secretário de Estado de Educação, Alexandre Valle, a certificação é resultado de um esforço coletivo de toda a comunidade escolar para criar novos hábitos, formando cidadãos mais responsáveis e construindo uma sociedade mais sustentável.
É um avanço importante e uma mudança de conceito. No momento em que se leva um programa como esse para a escola, estamos transferindo para as famílias e de lá para toda a sociedade – disse Valle.
O objetivo do Simpósito foi promover a discussão da sustentabilidade integrada à política de educação da rede estadual, bem como divulgar as ações iniciadas nas E-Tecs, que serão ampliadas para todas as 1.200 escolas da rede, trocando experiências entre gestores, docentes, alunos, universidade e instituições parceiras.
Segundo Júlio Cesar Barros, criador do premiado projeto Hortas Cariocas e ganhador do Pacto de Milão para Política de Alimentação Urbana, classificado pela ONU como essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, desde o início do projeto nas E-Tecs, foram plantadas 74 mil mudas e produzidas 6,5 toneladas de alimentos, que estão reforçando a alimentação escolar.
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