O TEA (Transtorno do Espectro Autista), é um distúrbio da organização neurológica biológica, identificado por dois domínios:
- Padrões de comportamento, atividades e interesses restritos e repetitivos
- Déficits na comunicação e interação social.
Crianças com o TEA demonstram seletividade alimentar geralmente entre 1 ano e seis meses e dois anos, além disso, os modos repetitivos podem se estender para limitação de consistência e categorias alimentares, o que influencia na seletividade alimentar. As crianças com TEA têm maior risco de apresentarem dificuldades alimentares, como a recusa e seletividade de determinados alimentos, disfunções motoras-orais e diversos problemas comportamentais. O fator sensorial é importante no momento da escolha alimentar das crianças com TEA. A seletividade alimentar deve ser trabalhada, pois pode acarretar deficiências nutricionais graves, e dificultar o desenvolvimento da criança, por isso na equipe multidisciplinar é indispensável, a presença de um nutricionista capacitado para oferecer o tratamento nutricional adequado é de grande relevância, tendo em vista que o acompanhamento nutricional auxiliará na apresentação dos alimentos e possível aceitação dos alimentos.
O nutricionista deve encorajar os pais a incluírem na sua rotina alimentos saudáveis em substituição aos processados e ultra processados, e mudar hábitos inadequados os quais têm impacto significativo na saúde geral da criança; a utilização da técnica dietética (forma de preparo dos alimentos aproveitando seu teor nutricional) facilitará muito os pais a se adequarem as mudanças.
Assim, as estratégias nutricionais devem visar à criação de um vínculo entre a criança e o alimento, principalmente aqueles alimentos que a criança apresenta mais aversão.
A suplementação pode se fazer necessária em alguns casos, ómega-3, ácido fólico, vitamina B12, cálcio e vitamina D podem ser utilizadas para melhorar o estado nutricional.
*** A coluna de hoje foi escrita com a colaboração da Graduanda em nutrição Thais Mynssen.
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