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Rio de Janeiro: Aqui o “lazer” vale mais do que a Educação e empregabilidade

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Universidade Gama Filho tem mais um dia de demolição para construção do Parque Piedade

O que tem mais valia? Salas de aula repleta de alunos, professores, servente e muitos outros trabalhadores formais e informais tendo seu ganha pão e sonhos construídos através da educação ou um Parque para lazer com apenas 1% de emprego (mediante a outra opção) e construído em local de risco?

 

Complicado analisar não é?

Nesta terça 5 de setembro de 2023, o Prefeito Eduardo Paes aparece nas imagens da midia sorrindo inspecionando as “obras” do Parque Piedade que outrora foi uma das mais respeitadas universidades do mundo. Sim porque vinham estudantes da Ásia, África e Europa fazer intercâmbio e usufluir de um dos centros acadêmicos mais equipados das Américas nos anos 90.

A imagem citada pode agradar a alguns que até devem comemorar uma área de lazer num bairro que o próprio nome ja pede pelas mazelas dele. Mas perai, quando a UGF estava de pe tinha lazer também.

Havia o Cine Teatro Dina Sfat, onde peças, musicais e filmes eram exibidos para os estudantes e população. Haviam feiras e congressos, atividades físicas, ah e tinha a piscina olímpica que fascinava a todos.

Tinha um mini shopping também que empregava muitos, alem de um forte comércio no entorno tudo girando em torno daquele mundo educacional.

Essa colunista aqui foi uma criança que cresceu junto com o mito UGF, que cresceu vendo os alunos irem pra lá e que jurou um dia ali estudar. Sonho que realizei em 97 ao ser terceira colocada no vestibular para Comunicação Social.

Ali me formei em 2001, aprendi, evolui, fiz amigos, empreendi, colecionei memórias e retornei em 2011 (ja na fase decadente da Galileo) para fazer uma Pós.

O que massacra minhas memórias não é o simples fato de ver prédios sendo demolidos é mais que isso.

Funcionários que ali estavam desde a época de estudante até a velhice vivendo e sobrevivendo da UGF, familiares que dependiam dali que nem seus direitos trabalhistas receberam até hoje. E olha que a falência do complexo foi em 2014.

A tecla que eu e muitos ex alunos e professores vamos sempre bater é : Porquê ao invés de tornar o complexo ainda de pé ( sem a degradação do tempo e humana) e torná-lo uma faculdade pública preservando empregos e toda estrutura não foi feita? Falta de dinheiro?? Não, porque senão não seriam milhões gastos para derrubar e outros tantos para construir o parque.

São 18 mil metros quadrados de história, de educação, resistência e serviços prestados reduzidos a pó e dinheiro pro bolso do governo.

Não sou contra lazer, pelo contrário. Mas num município onde a Educação e Empregabilidade são fatores decadentes que imploram por socorro, jamais deveria ter um Parque ocupando lugar de um local de ensino.

É fácil tapar o sol com a peneira e transformar o que parece caos em beleza. Agradar para fazer esquecer. Garanto que as centenas de famílias que perderam seus empregos ou que nem seus diplomas tiveram direito se conformarão com a beleza de um parque.

 

Triste realidade onde tudo vem em primeiro lugar, menos o que realmente é necessário. Hoje é o complexo Gama Filho, quem sabe o que mais será detonado de patrimônio educacional ou histórico daqui pra frente para dar lugar ao  “Rio de ilusões turística”.

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Cristiane Braga
Cristiane Braga
Coordenadora da Redação do Portal RJ4,Jornalista ,Produtora de Eventos,Tv e Rádio, Cris é uma carioca apaixonada pela profissão e pelo Carnaval. Atua no setor desde 1994, quando tinha apenas 15 anos e descobriu sua vocação. Formada desde 2001 pela UGF como Bacharel em Comunicação Social. Além dos afazeres jornalísticos, ela é Manager da Cris Mattos Assessoria de Comunicação

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