Hoje no dia do indio, recebi uma poesia em homenagem à família Pataxó, a qual eu publico agora nessa coluna.
Índio Galdino de Jesus dos Santos, líder Pataxó, você morreu queimado num fogo que lhe ardia o corpo. Morreu? quem sabe agora vive mais?
Seu corpo pintado ao relento deitado refletia o cansaço de uma luta pela caminhada democrata na defesa de um povo que por justiça rogava.
Índio bravo, índio forte, tu foste martir deixando-nos um grande exemplo de amor que não se destrói nem com a morte.
Índio, que o seu gesto de amor para com o seu povo desperte no coração de todos nós acerteza de que o espírito de luta deve continuar, que a sua bravura o Brasil interiro vai lembrar.
Este fogo que há de arder nos corações de todos os brasileiros a fazer lembrar ao mundo inteiro a sua cultura, que nenhuma outra se mistura, para que todo provo lhe preste uma homenagem digna de uma valente guerreiro.
Índio, tu foste, de coração aberto, negociar uma justiça num lema que nos ensina: terra de todos, terra de irmãos (tema da campanha da fraternidade). teu gesto nos ensina que nos planaltos da vida foi você quem deu a lição.
Índio, tua luta não foi num palco iluminado, mas na tradição de um corpo pintado; teu grito de dor em todo canto ecoou e até os sentimentos dos brancos despertou.
Seu exemplo de luta numa vida tão curta deixa para nós o seu memorial. Índio Galdino de Jesus dos Santos, Lider Pataxó, você não morreu; na sua luta ficou o exemplo e a certeza de que todos nós, numa atitude de nobreza, devemos lutar por um ideal e que na história do seu povo você se tornou imortal.
Com carinho de quem admira a força e a coragem de líderes e os tem como verdadeiros heróis.
Texto de: Maria Imaculada de Oliveira
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