Holofotes ligados…começa a folia. O carismático morador da Ilha do Governador Melquisedeque Marins Marques se transforma em um dos mais conhecidos e queridos Intérpretes do carnaval carioca. Ta dificil de saber quem ë?
Pimba Pimba! Futuca! Ai que lindo! He he he! Arrepia Salgueiro!!
Opa, ja adivinhou somente pelos bordões ne? Sim nosso personagem é o Quinho do Salgueiro.

Quinho começou sua carreira no quintal de casa, na União da Ilha do Governador , em 1985 quando o saudoso Aroldo Melodia o convidou para fazer parte do carro de som da agremiação
Em 88 assumiu posto de primeiro intérprete e cantou o enredo ” Um Herói uma Canção” ao lado da cantora Elza Soares.
Em 91 Quinho teve sua primeira passagem no Salgueiro e foi o condutor do épico desfile ” Peguei um Ita no Norte’ de 1993 e sua fama explodiu no Brasil e no mundo.
Veja a cronologia da trajetória dele na imagem abaixo:
Humilde, ele nos revela que vêm de uma família do samba. A mãe intérprete de bloco de carnaval, um tio Mestre de bateria e outro de Harmonia.
Seus olhos brilham também quando fala de seus ídolos e maiores referências: Jamelão e Aroldo Melodia.
Ele nos lembra que grandes nomes como Carlinhos de Pilares, Dede da Portela, Silvinho, Beto sem Braço, e Ney Viana tem que ser exaltados e que os que começam agora devem sempre olhar pra eles e te- los como exemplo.
Salgueiro, um capitulo a parte.
Falar das memórias de Quinho sem citar o Salgueiro não dá.
A vermelho e branco tijucana desperta nele emoções que nem o mais fiel torcedor ousaria imaginar.
São 38 anos entre idas e vindas na escola. Ele diz que se arrepende de ter saido após o campeonato de 93. Que foi válida as experiências na União da Ilha, na Grande Rio e demais agremiações mas que nunca deveria ter saido da Académicos do Salgueiro.
“Sou o Quinho do Salgueiro graças ao povo
Foram eles que me denominaram assim. É povo que te põe na prateleira da fama.”
O ápice da nossa noite de histórias com Quinho foi essa declaração:
” O Salgueiro me abriu as portas. Me fez ser o primeiro Puxador do Carnaval Globeleza , fazer comercial na década de 90 , programas de tv. Eu devo tudo ao Salgueiro. É minha escola, meu amor, minha vida, minha paixão. Enquanto eu tiver forças estarei junto a nação vermelha e branca dando tudo de mim para a escola estar no lugar mais alto.”
Podíamos ficar horas contando a vida desta figura singular e remexendo suas memórias, mas a hora dele ir pro ensaio se aproximava.
De uma coisa temos plena certeza, enquanto o cidadão Melquisedeque se transformar no Quinho ” vai pegar fogo no gonga”. Seguiremos no ritmo de “Pimba” , ” futuca” e “He he he” , aplaudindo a alegria, se arrepiando com o Salgueiro e essa presença marcante da nossa cultura.
Ai que lindo, que lindo!!
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